Que ninguém se iluda com a figura aparentemente frágil aí ao lado. Niède Guidon, co-gestora do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, já enfrentou caçadores, candidatos a “vagas” em assentamentos, políticos influentes e toda sorte de ameaça feita por eles.
Paulista, residente na França de 1964 a 1992, ela desvendou a origem do homem americano através de suas pesquisas na região piauiense de São Raimundo Nonato, inicialmente patrocinadas pelo Governo francês. Niède Guidon descobriu mais de 700 sítios pré-históricos, dos quais 426 estão em abrigos sob rocha, com antigas pinturas rupestres, diz sua apresentação como uma das ganhadoras do Prêmio Príncipe Claus, de origem holandesa, a ser entregue a ela no dia 12 de dezembro, em reconhecimento a seu trabalho.
Niède Guidon é responsável pela preservação, desenvolvimento e administração do Parque da Serra da Capivara, Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1991, quando foi tombado pela Unesco. É o maior parque arqueológico a céu aberto do mundo, mas vive imerso em dificuldades financeiras, sempre vítima do descaso governamental quando o assunto é cultura e meio ambiente.
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